ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Apresentação do blog

O presente blog disponibiliza informações acerca das questões ligadas a:
- Educação e relações de gênero
- Meio Ambiente e sociedade
- Responsabilidade Social Corporativa
- Sociedade Industrial e o mundo do trabalho
- Sociedade Pós-industrial e o mundo do ócio
As temáticas acima foram trabalhadas na disciplina Ética e Responsabilidade Social, ministrada pelo Professor Tiago Losso, na sexta fase do curso de Administração da faculdade CESUSC.
O desenvolvimento desse blog ocorreu ao longo do semestre sob a orientação do Professor, o qual apresentava o tema em sala de aula e instigava as equipes a pesquisarem e elaborar textos de fácil compreensão, com o intuito de fornecer informações relevantes de forma clara e objetiva, acerca de questões que envolvem a ética e a responsabilidade de cada indivíduo com a sociedade.
Esse método de trabalho proporcionou o desenvolvimento de uma análise critica em torno de questões sociais e permitiu-nos a experiência do trabalho em equipe na busca de resultados.
Agradecemos sua visita e contamos com seus comentários. Boa leitura!
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Possibilidades do ócio à vida humana

A passagem da sociedade industrial caracterizada pela produção em massa, abre espaço para a sociedade pós-industrial, que possibilita ao homem produzir algo que atualmente se torna insubstituível: a criatividade e a inserção de novas idéias.
Conforme o sociólogo Domenico de Masi¹, “o tempo livre aumentou graças ao progresso tecnológico, ao desenvolvimento organizacional e a globalização, que resultaram na produção de uma quantidade sempre crescente de bens e serviços, com um aporte cada vez menor de trabalho humano”.
O livro A Economia do Ócio², organizado por Domenico de Masi, apresenta uma critica ao sistema de trabalho, o qual não permite ao indivíduo desfrutar de tempo livre para desenvolver o ócio. O organizador lembra que em 1880, Paul Lafargue já proclamava o ócio, tempo livre, como um direito do indivíduo e como a única forma de equilíbrio existencial. Nas palavras de De Masi , Lafargue via a máquina como redentora da humanidade. Ou seja, a partir da evolução social em que os processos de produção seriam automatizados, o homem passaria a ter mais tempo livre e o deveria utilizar para desenvolver suas idéias de forma criativa.
De Masi escreve que, a sociedade educa para o trabalho, pois entende que qualquer individuo é capaz de aproveitar o tempo livre a partir das suas aptidões físicas e intelectuais. Não havendo esforços educacionais voltados à preparação especifica para as pessoas utilizarem o tempo livre de forma inteligente, o mesmo acaba sendo considerado menos importante e útil que o tempo dedicado ao trabalho.
Torna-se necessário ressaltar que o tempo livre, possibilitado nos dias atuais, precisa ser utilizado de forma que permita o desenvolvimento intelectual do ser humano. Para Bertrand Russell, “num sistema social deste tipo é essencial que a instrução seja mais abrangente do que é agora e que objetive, em parte, educar e refinar o gosto, de modo que um homem possa fluir com inteligência o próprio tempo livre”.

¹Disponível em: http://vocesa.abril.com.br/informado/aberto/ar_148279.shtml

²LAFARGUE, Paul. RUSSEL, Bertrand. A economia do Ócio. Rio de Janeiro: Sextante, 2001.

Entrevista de Domenico De Masi a TV CULTURA
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Tempos Modernos na Sociedade Industrial


O estilo de vida baseado no trabalho é apresentado no filme Tempos Modernos de Charles Chaplin. O personagem Carlitos, que retrata a vida dos operários na Sociedade Industrial, trabalha em uma fábrica onde tem como função apertar parafusos no ritmo contínuo da esteira, de forma que não cause problemas a seus companheiros que compõem o restante da linha de montagem.
Com base nos estudos de Taylor e a experiência de Ford, os proprietários de fábricas, aplicam as técnicas de produção para desenvolver a linha de montagem e a especialização do trabalho, buscando a produção em massa, com eficiência e eficácia.
O trabalho repetitivo e a velocidade, estabelecidos independente do trabalhador, o torna engrenagem da máquina. Com o tempo o operário passa a ter doenças psíquicas (como o surto nervoso de Carlitos), pois sua vida é baseada no tempo de trabalho e o “operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias subversivas”¹
A política do modo de produção passa a ser questionada perante as novas transformações sociais. Surgem movimentos sindicais a fim de garantir condições dignas de vida ao trabalhador e redução da jornada de trabalho. Como formas de reivindicar seus direitos, operários iniciam greves, as quais ganham força e aderência ao longo da evolução social, visando o atendimento de suas necessidades.
“O importante e fundamental, então, é a necessidade de estarmos atentos às transformações que ocorrem. É preciso, no mundo do trabalho, incorporar idéias como qualidade, satisfação e criatividade”, diz Fabiane Santos.²


¹ Disponível em: http://www.telacritica.org/temposmodernos_trabalho.htm

² Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/935/715
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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Incluíndo os excluídos.

A inclusão de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho é um processo pelo qual a sociedade está vivenciando ainda de forma gradual. De acordo com Araújo e Schmidt¹, no Censo de 2000, 14,4% da população brasileira tem necessidades especiais. Esse percentual corresponde a aproximadamente 24,5 milhões de pessoas, cuja média de empregabilidade é de apenas 2,05%.
Inúmeras ações já foram realizadas com o objetivo de garantir emprego a esta parcela da população. Pode-se destacar a inserção da Lei Federal 8213/91 cujo decreto determina que empresas com 100 ou mais funcionários devem destinar de 2% a 5% da vagas para portadores de necessidades especiais, de acordo com o CONADE*. “O objetivo é fazer com que as corporações dêem oportunidades a esses cidadãos não apenas para estar em dia com a Justiça, mas porque eles têm eficiências”, diz Marcos Gonçalves². O mesmo ainda destaca que os deficientes são pessoas ativas, que vêem a necessidade de estudar e atualizar seus conhecimentos para progredir no mercado de trabalho.
Um dos grandes problemas existentes na maioria das organizações é a falta de planejamento de programas específicos que tenham como principal objetivo a adoção de práticas que possibilitem a entrada dessas pessoas no mercado de trabalho de forma competitiva. Tais programas devem levar em conta não apenas as peculiaridades das necessidades especiais dos indivíduos, mas seu potencial de realização, conforme Araújo e Schmidt.
Conforme Dorival Carreira³ o processo de inserção deve ser considerado como um sistema, onde há recursos ordenados e interligados para atingir um objetivo, e na definição do perfil dos cargos o administrador deve conhecer as aptidões e a força de trabalho disponível. Com isso permite a inclusão social de portadores de necessidades especiais e garante uma boa imagem da empresa perante a sociedade.

* CONADE - Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadores de Deficiência Física
¹ Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-65382006000200007&script=sci_arttext&tlng=e!n
² Disponível em: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem_1697.htm
³ Disponível em: http://www.fgvsp.br/academico/professores/Dorival_Carreira/Omercado.doc
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sábado, 12 de abril de 2008

Quando as estrelas começarem a cair, me diz, me diz; pr'onde é que a gente vai fugir? (Legião Urbana)


As mudanças ocorridas no modo de vida das pessoas com a incorporação de novos hábitos sociais de consumo e o crescimento populacional geraram um aumento significativo na quantidade e na diversidade de lixo produzido. Inicialmente esse lixo era “combatido e escondido da população: a solução naquele momento era simplesmente afastá-lo dos centros urbanos, descartando-os em áreas mais distantes que passaram a ser denominadas lixões”, conforme Andréa S. Silva¹.
Segundo dados do IBGE, em cerca de 71,5% das cidades brasileiras com serviço de limpeza urbana, os lixo são depositados em lixões, também conhecidos como aterros sanitários, sem que haja uma separação da variedade desse lixo, uma vez que determinadas variedades levam muitos anos para se decompor, e parte dele pode ser reaproveitado. A falta de um tratamento e destinação adequada do lixo tornou-se um sério problema para o meio ambiente. Visando minimizar o problema busca-se alternativas para minimizar o impacto ocasionado, através dos 4 R’s, assim definidos por Vilmar Berna²: Repensar hábitos de consumo e comportamentos. Veja onde você pode economizar e evitar produzir lixo; Reduzir consumo e uso de embalagens e produtos não recicláveis; Reaproveitar materiais; Reciclar resíduos.
Conscientes e mobilizados para a mudança de atitude e comportamento em relação ao reaproveitamento do lixo podemos garantir condições ambientais favoráveis as futuras gerações.
A idéia de separação do lixo doméstico não deve ser responsabilidade apenas das prefeituras. Esta consciência deve estar em cada cidadão, dentro de sua própria casa, reaproveitando embalagens, consumindo produtos cujas embalagens sejam realmente recicláveis.O lixo pode e deve poupar o meio ambiente e ainda ser útil para muitas pessoas.
ABAIXO TABELA³ TEMPORAL DA DECOMPOSIÇÃO DE ALGUNS MATERIAIS:

MATERIAL____________________TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO

PAPEL _____________________ DE 3 A 6 MESES
PANO ______________________ DE 6 MESES A 1 ANO
FILTRO DE CIGARRO _________ 5 ANOS
CHICLETE __________________ 5 ANOS
MADEIRA PINTADA ___________ 13 ANOS
NYLON _____________________ MAIS DE 30 ANOS
PLÁSTICO __________________ MAIS DE 100 ANOS
METAL _____________________ MAIS DE 100 ANOS
BORRACHA __________________ TEMPO INDETERMINADO
VIDRO _____________________ MAIS DE 1 MILHÃO DE ANOS

"É isso. E o tragicômico é que nos referimos aos problemas ambientais como sendo uma "ameaça a natureza". Que nada! A natureza não esta nem aí. Já morreu dinossauro, já houve idade do gelo, chuva de asteróides, e a natureza continua numa boa. Quem vai acabar é a raça humana. A natureza está pouco se lixando para nós."
ARNALDO JABOR para o Jornal Nacional (02/2007)


¹. Disponível em: http://mail.falnatal.com.br:8080/revista_nova/a4_v1/artigo_1.pdf
². Disponível em: http://www.portaldomeioambiente.org.br/especial/coletaseletiva.asp
³. Disponível em: http://www.fibranew.com.br/fibranew/recicle.htm
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quarta-feira, 26 de março de 2008

Mulheres: força ou fragilidade?


Vista de maneira inferiorizada, as mulheres são vítimas de diversas formas de exploração, tais como violência física, psicológica e sexual devido à questão de poder e desigualdade entre os sexos.
Segundo os dados da Coordenadoria Estadual da Mulher (CEM), a violência sofrida pela mulher ocorre em 70% dos casos dentro da própria casa por alguém que pertence ao círculo de amizades e confiança da família (pai, tio, avô, etc...); e 30% dos casos ocorre fora de casa (rua, trabalho, escola, etc...).
Conforme Noeleen Heyzer, Diretora Executiva do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), a violência doméstica é a forma mais perversa de exclusão das mulheres, de seus direitos de cidadãs. Esse profundo desrespeito às mulheres se mantém tão ativo graças à impunidade dos agressores, o medo da vítima e seus responsáveis perante as ameaças.
Conforme o artigo de Teresa Kleba Lisboa, doutora em Sociologia, puplicado na Revista Katálysis, o grande desafio no enfrentamento da violência contra a mulher é a efetivação de uma rede de serviços que agregue os diferentes programas e projetos, consolidando uma política social de atendimento que ofereça e garanta condições de superação da vítima.
Mas, ao contrário do que uma vítima necessita, quando o caso é levado à julgamento a preocupação maior é indenizar a vítima pelo constrangimento e danos físicos, deixando de prestar auxílio ao seu lado psicológico que a longo prazo irá demonstrar todo o trauma que a indenização não abonou.
A Lei Maria da Penha criada para a prevenção, punição e erradicação da violência através de medidas penais e cíveis parece não intimidar os agressores.
A violência doméstica é uma preocupação cada vez maior às mulheres, que ainda permanecem indefesas perante os agressores que se consideram superiores. Mostra-se necessário uma efetivação da lei que regulamenta estes casos e a ajuda da própria sociedade em relação a vítima, para que seja possível uma realidade mais justa as mulheres.
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quinta-feira, 13 de março de 2008

Educação; cotas é a solução?


Quando abrimos discussão sobre as cotas para negros, abrimos um debate ainda maior: que de forma vívida a relação existente entre o racismo e a desigualdade social permeia nossas vidas. Para Matilde Ribeiro, ex ministra da igualdade racial, é imperativo o confronto com o passado marcado pela desumanização, exploração e violência desmedida aos afrodescendentes.
Segundo o antropólogo José Jorge de Carvalho, dos universitários brasileiros 97% são brancos, 2% são negros e 1% são amarelos. Diante disto surgem organizações e movimentos em busca da igualdade, criam-se cotas como forma de inserir um número maior de negros nas universidades, permitindo que aconteça uma maior mobilidade social através do acesso à educação e da disseminação do conhecimento.
As cotas são apenas um dos meios de facilitar o acesso á educação, porém permite de forma ainda ineficaz e preconceituosa a inserção dos negros nas universidades. Para que todos tenham condições igualitárias e oportunidade de mobilidade social é necessário uma quantidade maior de investimentos voltados ao ensino público básico de qualidade, pois essa é a base para a construção de uma sociedade melhor.
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